“Vibram os arautos do andamento
com o aumento da correria
p’ra eles aí reside o talento,
o jogo esse virou porcaria!
Jogadores de futebol
de atletas travestidos,
dando à correria lugar-ao-sol
o futebol fodem e são fodidos!”
(Frade, 2014)
Há inúmeras formas de chegar ao sucesso, na mesma medida em que
o sucesso pode ter inúmeras formas.
Linha defensiva em controlo da largura e da profundidade. A
entender os espaços que tem de fechar, e as trocas posicionais. Linha de
fora-de-jogo definida pelo homem da cobertura. Em caso de desequilíbrio, homens
mais próximos a fechar corredor central e a obrigar adversário a jogar por
fora. Linhas próximas, mais atrás ou mais à frente, mas sempre próximas. Zonas de pressão definidas, condicionar o portador da bola e ser sempre agressivo
quando adversário recebe de costas ou bola pelo ar. Baixar para trás da linha
da bola na transição defensiva. Com bola? Jogar, sempre. Primeira fase com 2 ou
3 opções, com objectivo de entregar a bola limpa aos colegas. Com paciência, se
necessário rodar o jogo até haver espaço para entregar e receber. Jogar
entre-linhas e de cara. O passe vertical, que queima linhas. Se o adversário basculou e está fechado, voltar à 1ª
fase de construção ou usar apoio mais recuado para circular. Extremos dentro,
arrastam marcações e lateral aparece; se a marcação não vier, recebe e joga
dentro. Jogar dentro do bloco adversário. Sair da pressão em segurança. Variar
o centro de jogo. Avançado em apoio frontal, quando tem liberdade para definir
extremos fazem diagonais interiores. Entender quando adversário está subido:
ataque rápido + profundidade. Busca pelo desequilíbrio em todas as zonas do
campo: 2x1, 3x2, 4x3, acelerar. Criatividade. Zonas de finalização definidas,
com médios a encurtar para linha de passa atrasada ou segundas bolas. Assimilar
os comportamentos em treino para os poderes fazer na competição, seja com que
adversário for.
O jogo valoriza jogadores, e os jogadores valorizam o jogo.
E o treino.