quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

A referência de uma geração

Hoje exaltamos Cristiano Ronaldo. O futebolista português entra na casa dos 30 com com uma carreira recheada de títulos, recordes pessoais e coletivos e não parece haver indícios para que a saga termine nos próximos tempos.

Depois de Eusébio e Figo, Portugal ganhou em Ronaldo uma referência que entusiasma adeptos, treinadores e todos os que gostam de futebol, um pouco pelo mundo inteiro. Um modelo a seguir para quem ambiciona chegar ao topo da modalidade, pelo perfil que apresenta dentro das 4 linhas, pela dedicação, pelo empenho, pelo perfeccionismo que persegue dia após dia que lhe proporciona todas as suas conquistas.

Sendo um fenómeno à escala mundial, Cristiano, mais do que qualquer outro jogador, está constantemente sujeito ao olhar da imprensa por questões extra-futebol, aspetos esses que se tornam absolutamente irrelevantes para qualquer análise puramente objetiva e imparcial no que toca à sua capacidade futebolística.

Por isso, falemos do que realmente importa. Quem pensa em Ronaldo pensa em golos. Muitos golos. Normalmente, as estatísticas no futebol, desprovidas de contexto, de nada ajudam, principalmente a quem as toma por absolutismos. Excepto quando os números atingem patamares estratoféricos, como é o caso. Falar em Ronaldo é falar no melhor finalizador do futebol atual, por todas as características que foi desenvolvendo ao longo da carreira. Seja de maneira for, seja em que situação for, Ronaldo consegue sempre arranjar maneira de ajudar a equipa a chegar ao objetivo do jogo. No momento da finalização é um jogador do mais completo que existe e é isso que lhe concede sua imensa notoriedade. Desde os tempos de Manchester que tem vindo a tornar-se cada vez mais refinado no aproveitamento das oportunidades, juntando à sua imprevisibilidade de ação uma capacidade de remate fantástica. Com alguém na equipa com tamanha capacidade em determinado momento, cabe ao treinador orientar o seu Modelo de forma a potenciar toda a sua qualidade. Diz-se que nenhum jogador está acima da equipa e com toda a razão. O coletivo é sempre o mais importante. Mas de tempos a tempos, aparecem jogadores tão competentes em determinado contexto que obrigam quem lidera a repensar estratégias e a alterar concepções, para que o todo possa ajudar o individual... porque o individual melhora o todo.

Ronaldo é isto. Um jogador que ultrapassa tácticas, que consegue desequilibrar e decidir jogos em momentos inesperados, que apaixona adeptos e quebra recordes atrás de recordes. Um exemplo de potencialização através do trabalho, das ruas do Funchal às luzes de Madrid. Parabéns Cristiano.

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