segunda-feira, 21 de julho de 2014

João Teixeira

Há certos jogadores que não enganam. Este é um deles. Um par de jogos como titular na equipa principal foram suficientes para se perceber a enorme pérola que a formação benfiquista possui. O que mais surpreendeu foi a maturidade com que encarou as várias situações que foi encontrando ao longo do jogo. Não há linha de passe segura? Conduz até um adversário sair à bola para depois soltar. Há escolha entre lateralizar ou verticalizar pela zona central? Sempre espaço central e fá-lo com eficácia. É necessário equilibrar a última linha pela saída de um central ou lateral? Lá vai o miúdo. É preciso deixar a zona de ação e fazer cobertura ao homem que saiu na pressão? Invariavelmente, ele diz presente.

As qualidades são muitas e o potencial parece indicar que, a longo-prazo, João Teixeira procurará desafios que a Liga Portuguesa não lhe conseguirá oferecer. Mas há que dar tempo para que a evolução seja sustentada (sem a pressão habitual dos adeptos que esperam sempre o aparecimento do próximo Rui Costa) e dentro dum contexto que o obrigue a crescer.

Com Fejsa de fora até 2015 e Rúben Amorim como única melhor opção a curto-prazo para o lugar, será uma afronta se o jovem jogador não ficar no plantel. Mesmo que não faça tantos minutos como faria se saísse por empréstimo, as vantagens de crescer sob a orientação de um dos melhores treinadores da Europa são muitas e poder treinar diariamente com grandes jogadores, inserido num contexto de qualidade e que o obrigue constantemente a lutar para melhorar, é algo que o ajudará a evoluir no caminho certo... para que não se torne em mais um caso mal gerido.

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