Com o resultado de ontem, e a mais que provável eliminação, torna-se evidente que chegamos a um fim de ciclo em várias vertentes. Vamos por partes.
Em primeiro lugar, representa um fim de ciclo para esta geração, jogadores como Bruno Alves, Raúl Meireles, Ricardo Costa e Hélder Postiga (estes os mais óbvios) terão tido uma última oportunidade de jogar pela selecção Nacional. No entanto, o futuro está assegurado, assim ajudem os clubes, com uma geração que parece bem mais talentosa que esta.
Será também o fim de ciclo (assim o espero), para esta ideia dos estatutos e da experiência (viu-se ontem como teria dado jeito a inexperiência de Wiliam mais tempo), e o surgir de uma época onde os jogadores são convocados de forma meritória e de acordo com aquilo que podem oferecer à equipa num curto espaço de tempo, que é a forma como estas competições são jogadas.
Quem também está em fim de ciclo, é Paulo Bento. Incrível que tenhamos tantas lesões em tão pouco tempo, o que não pode ser coincidência, incrível que não se consiga ter um pensamento colectivo em momento algum do jogo. Repare-se na imagem, vemos Bradley de frente para a linha defensiva portuguesa, com tempo e espaço para colocar um passe nas costas no colega que ataca a profundidade. Miguel Veloso, como é seu apanágio, acha que a pressão ao portador da bola se faz com os olhos a mais de 10 metros, talvez na esperança que este fique a admirar a beleza do Miguel, mas, o pior nem é isso. Repare na resposta dos 4 defesas de Portugal, é incrível como fazem coisas contrárias, como tem pensamentos e análises tão diferentes de um lance, não podem treinar este tipo de situações. Enquanto Ricardo Costa, e bem porque Bradley não está pressionado, a bola não está "coberta", tira a profundidade, Bruno Alves fica parado, à espera não se sabe bem do quê. Note ainda o excessivo espaço entre os 4 defesas portugueses, que vai permitindo espaços para que os avançados ataquem a profundidade (aconteceu muitas vezes ontem) e ainda, a intenção dos EUA de criarem superioridade numérica do lado esquerdo português.
Mas não é só no momento defensivo que Portugal não faz ideia do que anda a fazer, também ofensivamente é tudo muito rudimentar, consiste em jogo exterior para cruzamentos, na esperança que um defesa falhe ou que apareça alguém a dar uma cabeçada, e ainda bastantes remates de fora da área, na esperança que um deles entre.

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